A construção deste projeto teve início com a necessidade de compreender, de maneira mais clara e estruturada, os principais desafios de acessibilidade enfrentados pela comunidade. Para isso, optou-se por realizar uma pesquisa exploratória inicial, utilizando recursos online como ferramenta de aproximação e escuta ativa da realidade local.
O primeiro passo foi a elaboração de um formulário digital no Google Forms, contendo perguntas abertas e fechadas relacionadas a temas como: barreiras de acessibilidade em escolas, dificuldades de mobilidade no bairro, percepção da comunidade em relação à inclusão educacional e sugestões de soluções possíveis. Esse formulário foi distribuído por meio de canais de comunicação acessíveis à população, como grupos de WhatsApp, redes sociais e contatos diretos com moradores.
A escolha pela coleta online se deu por dois motivos principais:
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Facilidade de alcance – mesmo com limitações de tempo e espaço, foi possível atingir diferentes perfis de moradores, garantindo diversidade de respostas.
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Registro automático – o Google Forms possibilitou armazenar os dados de forma organizada, facilitando a análise posterior e a geração de gráficos ilustrativos.
As respostas foram recebidas de forma voluntária, garantindo liberdade para que os moradores compartilhassem suas opiniões de maneira sincera. Participaram estudantes, pais, professores, idosos e lideranças locais, o que proporcionou um panorama variado e enriquecedor sobre a situação vivida no cotidiano da comunidade.
A análise das respostas revelou um conjunto de informações que se tornaram a base do projeto:
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Barreiras identificadas: ausência de rampas em escolas e prédios públicos, calçadas esburacadas, falta de materiais pedagógicos inclusivos, escassez de capacitação de professores e pouca sensibilização sobre a importância da acessibilidade.
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Recursos apontados: engajamento de pessoas interessadas em colaborar, disponibilidade de espaços comunitários, presença de profissionais e estudantes com conhecimento técnico, além da possibilidade de utilizar materiais recicláveis e de baixo custo.
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Soluções sugeridas: produção de mobiliário adaptado, oficinas comunitárias de conscientização e desenvolvimento de estratégias educativas voltadas à inclusão.
Mais do que um simples levantamento, a pesquisa demonstrou que a comunidade reconhece suas dificuldades, mas também enxerga caminhos de transformação. O envolvimento dos moradores, ainda que por meio de um formulário digital, revelou uma disposição coletiva para enfrentar os desafios e propor alternativas viáveis.
Essa etapa foi fundamental para que o projeto tivesse um ponto de partida sólido e fundamentado na escuta da comunidade. A coleta de informações online não apenas direcionou a construção das próximas ações, mas também reafirmou o compromisso de valorizar o protagonismo local como parte essencial do processo de inclusão.
Em resumo, a pesquisa inicial permitiu que este projeto fosse estruturado a partir de três eixos principais:
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Diagnóstico comunitário participativo – ouvir diretamente os moradores sobre suas dificuldades e percepções.
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Valorização de recursos locais – identificar o que já existe e pode ser potencializado.
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Construção coletiva de soluções – elaborar propostas realistas, sustentáveis e de baixo custo, alinhadas às necessidades apresentadas.
Dessa forma, a coleta de informações se consolidou como a primeira etapa do projeto, servindo de guia e referência para todas as demais fases que serão desenvolvidas.







